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Encontrei água mineral em minha propriedade, como posso empreender no setor?
Perfurei um poço e encontrei água, será que é água mineral? Como faço para montar uma empresa?
Temos recebido incontáveis ligações de pessoas que perfuraram um poço em sua propriedade e querem saber se encontraram água mineral e se podem empreender na produção e comercialização do produto.

A primeira coisa que a pessoas precisa saber, é que para perfurar um poço em sua propriedade, precisa pedir autorização da órgão regulador do meio ambiente em sua cidade ou estado. No caso do Rio Grande do Sul é a FEPAM no Portal de Licenciamento Ambiental ( clique aqui ).
Os trâmites burocráticos para legalizar a perfuração, contratar empresa especializada para perfurar e instalar a tubulação adequada para captação da água, sãos os primeiros investimentos que precisam ser feitos. Após a perfuração os interessados precisam coletar amostras da água e leva-las a um laboratório de análises onde serão analisadas as propriedades químicas, físicas e biológicas (bacteriológica) que irão orientar as decisões do empreendedor.
Existem muitas empresas e profissionais especializados na elaboração de projetos de montagem de uma empresa de água mineral. São consultorias que irão lhe orientar em todas as fazes iniciais de seu investimento, indo desde a análise da água, medição da vazão, até a produção das primeiras unidades do produto. É importante salientar que não basta investir na infraestrutura, mas antes de mais nada é preciso conhecer o mercado e suas nuances para saber se o seu investimento vale a pena. Um bom negócio parte pela elaboração de um plano de negócios completo, onde venha muito bem definido as possibilidades de ganhos de seu investimento, por isso, antes de contratar quem vai dizer como gastar o seu dinheiro, é preciso contratar alguém que vai dizer se você vai ganhar dinheiro.
O site do SEBRAE nacional possui um passo-a-passo de como montar uma empresa de engarrafamento de água mineral ( clique aqui ).
Quando ligam para AGEDAM, em geral querem saber quantas empresas existem, qual o consumo no estado, enfim, querem saber se vale a pena investir. Ao sermos questionados, informamos que existem mais de 30 empresas operando no Rio Grande do Sul, onde somente a metade é associada a AGEDAM, por isso não temos informações sobre a produção e consumo do produto, neste sentido aconselhamos que procurem a ANM – Agência Nacional de Mineração e a Delegacia Especializada em Bebidas da Secretaria da Receita Estadual para tentar conseguir estes dados.
Falando em ANM, este é órgão que faz o registro de intenções de explorar água mineral, bem como é o responsável por aprovar embalagens, rótulos e outros procedimentos. Esta e outras informações podem ser encontradas no Portal Água Mineral ( clique aqui ).
Empreender no setor de água mineral no Rio Grande do Sul é um grande desafio, pois o estado possui um clima muito sazonal que faz com que o produto seja bastante consumido nos meses de verão, mas pouquíssimo durante o inverno. O investimento mínimo inicial parte de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) ao ano. O tempo que um empreendedor leva para começar a produzir suas primeiras unidades, entre análises, autorizações, trâmites burocráticos, construções, compras, etc, é de no mínimo seis (6) anos, sendo que a maioria das empresas relatam que precisaram de mais seis (6) anos para começar a sobrar alguma coisa no faturamento, ou seja, levaram mais de treze (12) anos operando para começar a ter lucro. A maioria afirma que nunca conseguiu recuperar o investimento aplicado, pois toda vez que pensam que vão ter lucro, precisam investir novamente em manutenção, marketing, obrigações sociais, e em constantes modernizações que são necessárias para manter o negócio atrativo e competitivo.
Além da sazonalidade, o mercado de água no Rio Grande do Sul, enfrenta o problema de estarmos localizados nos confins do Brasil, tendo nossas fronteiras limitadas a estados e países que apoiam o empreendedorismo com muito incentivos fiscais, ao contrário de nosso Estado que possui pesada carga tributária, excesso de burocracia, e ainda temos que enfrentar uma grande concorrência desleal com empresas que sonegam impostos e comercializam produtos com preços muito abaixo dos praticados no mercado, prejudicando a si e a todas empresas do setor. Não obstante, empresas estabelecidas fora do estado, trazem consigo uma enxurrada de produtos a preços baixíssimos, marketing agressivo, e grande capacidade instalada de logística e distribuição.
Empresas de consultoria dirão a você que é um mercado pujante, com grandes resultados, mas não dirão quanto tempo e dinheiro precisará dispensar para obter resultados, portanto, pense muito bem antes de empreender no setor. Caso você tenha disponibilidade de capital, existem muitas empresas que se arriscaram antes de você, com toda infraestrutura pronta, aceitando propostas de aquisição.
Adilson Correia da Silva – Consultor Executivo – consultoria@intersetorial.com
SEFAZ/RS apresenta propostas para AGEDAM
Representantes da AGEDAM foram recebidos na tarde de quarta-feira (11/11/2015), na Secretaria Estadual da Fazenda, para conhecerem propostas de melhoria na arrecadação da receita do estado do Rio Grande do Sul.
O Subsecretário da Receita Estadual, Sr. Joni Adolfo Muller, e representantes da 16ª Delegacia Especializada, Srs. Ernani Müller, Hugo de Gois Dias e Ricardo França, apresentaram plano de trabalho que vem realizando afim de recuperar as finanças do estado. Entre as propostas apresentadas pela Receita está a atualização de todos os preços médios ponderados (pauta), incluindo nestes, o valor da água mineral envasada em embalagens de 20 litros, que está sendo comercializada nos últimos dois anos por R$ 8,15 e que em breve passará para R$ 10,90.
Este reajuste vem em decorrência da implantação do novo sistema computadorizado “big data”, que agilizou a análise e o cruzamento de informações por parte da Receita Estadual sobre a movimentação das empresas e os eventuais casos de evasão fiscal, o qual possibilitou ao estado renovar o índice de 60% (sessenta por cento) aplicado sobre o preço médio. O resultado da pesquisa é baseado em amostra do varejo referente a emissão de notas fiscais de todos produtos de 20 litros, de todas as marcas, comercializados no mês de junho/15, onde foram analisadas a venda 60.884 unidades, em 845 estabelecimentos de 293 municípios gaúchos.
A Receita também propôs a realização de reuniões periódicas, onde se debateria questões de índices, preços e possíveis constatações de sonegação fiscal que eventualmente seja praticada por alguma empresas ligada ao ramo de água mineral, enfatizando que a fiscalização ficará cada vez mais rigorosa, e que as empresas estejam atentas as boas práticas fiscais em suas gestões. Ainda foi sugerido a realização de pesquisa de mercado pelas empresas do setor, afim de balizar as discussões e possíveis ajustes em índices futuros.
Os empresários presentes apresentaram diversas ponderações ao aumento do preço médio (pauta), que irá onerar o custo geral de seus negócios, visto que não terão como repassar o aumento ao consumidor final, pois os produtos já estão bastante sobrecarregados com o custo Brasil, pois toda cadeia produtiva foi onerada em decorrência do aumento do dólar, inflação e impostos que incidiram sob matérias primas, combustíveis e derivados, sendo que todos terão que achar outras alternativas para manter seus negócios viáveis. O Presidente da AGEDAM, Sr. Manoel Dirceu Ribeiro Neto, ainda cobrou da Receita a fiscalização das máquinas de envasar que estão se proliferando em todo mercado, que alem de levar risco a saúde, faz concorrência desleal com o setor de água mineral natural, pois é tratada em regime especial e não é justamente cobrada pelo que oferecem. Dirceu e demais representantes, também sugeriram a criação de um selo de qualidade gerenciável pela própria AGEDAM, em parceria com a Fazenda, Saúde e Meio Ambiente a empresas que tenham boas práticas em seu negócio, ainda a possível inclusão no futuro, de todas embalagens de água mineral na cesta básica dos gaúchos.
Segundo os representantes das empresas, apesar de terem que adaptarem-se ao novo preço médio ao consumidor (pauta), a reunião foi satisfatória, pois constataram o empenho da Receita Estadual em melhorar a arrecadação do Estado, na regulagem geral de preços e no combate incansável a sonegação, mas também na flexibilidade e receptividade nas propostas apresentadas.
Estiveram presentes, Manoel Dirceu Ribeiro Netto e Gabriel Thiesen Netto, da água mineral Itati; Antonio Moacir Lumertz, da água mineral Santo Anjo; Erminio Vivian, da água mineral Do Campo Branco; Jorge Renner, da água mineral Versant; Guilherme Zaniol, da água mineral Serra Maior; Marcos Luis Dutra, assessor Deputado Estadual João Fischer (fixinha); e Adilson Correia da Silva, da assessoria Intersetorial.com
Análise das águas pelo LAMIN
As empresas envasadoras de água mineral no Rio Grande do Sul tem enfrentado dificuldades em realizar e atualizar as análises do LAMIN – Laboratório de Análises Minerais, do CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, para o atendimento legal de 3 anos, conforme a portaria nº 374 de 2009 do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral e do Código de Águas Minerais, visto que órgãos municipais e estaduais como Vigilância Sanitária, entre outros, estão exigindo a atualização destas análises para renovação de licenças.
Realizamos reunião com o Dr. Sérgio Bizarro César, Superintendente de Porto Alegre do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral, referente a estas dificuldades que o LAMIN estaria enfrentando em realizar os estudos in loco, bem como contatamos a Dra. Maria Alice Ibãnez Duarte, Chefe do LAMIN/DNPM do Rio de Janeiro, o qual faz as analises das águas gaúchas, e fomos informados que realmente o LAMIN tem encontrado dificuldades em transportar produtos químicos nos aviões devido a restrições impostas pela ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, mas que em a partir de junho começaremos a receber a visita de uma Engª química, admitida pela SUREG/PA (Superintendência Regional de Porto Alegre) da CPRM, o qual foi treinada para realizar as análises in loco e encaminha-las diretamente ao Rio de Janeiro sem que haja a necessidade do transporte dos reagentes.
Em breve passaremos maiores informações.
Villa participa de cerimônia de oficialização da Agedam

Autor: Gilmar da Rosa
http://www.adaovillaverde.com.br/?page=noticias_view&cod=1742
Água mineral
Foi criada oficialmente, em Porto Alegre, a Associação Gaúcha de Envasadores de Água Mineral (Agedam), que tem na presidência Manoel Dirceu Neto, diretor da água mineral Itati. Vem em boa hora. Em 2013, foram envasados cerca de 11,6 bilhões de litros, o que corresponde a 55 litros per capita. Há 30 anos, o consumo era de apenas 100 milhões de litros. A entidade vai ter um conselho de ética e obrigatoriedade de selo de qualidade. É uma ótima notícia.
FERNANDO ALBRECHT – Começo de Conversa
Empresários criam associação de envasadores de água mineral
No último ano, foram envasados no Brasil cerca de 11,6 bilhões de litros de água mineral, o que corresponde a 55 litros de consumo por pessoa. Há 30 anos, o consumo anual era de apenas 100 milhões de litros. “Percebemos que o brasileiro começou a dar uma importância muito maior para a água mineral, mas ainda é pouco. Consumimos muito menos se comparado a Países como Alemanha, EUA e México”, explica Manoel Dirceu Neto, diretor da Água Mineral Itati e presidente da recém-criada Associação Gaúcha de Envasadores de Água Mineral – AGEDAM.
Na noite desta quinta-feira (20), a diretoria da associação vai reunir aproximadamente 100 empresários do setor e seus principais fornecedores para inaugurar oficialmente a AGEDAM. O local escolhido foi Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. “Vamos prestar apoio aos envasadores e constituir os interesses desse setor nos tornando um órgão representativo frente ao cenário político”, ressalta Neto.
Entre os projetos da Associação, estão:
– Combater a concorrência desleal. “Vamos criar um conselho de ética para monitorar as empresas que podem nos denegrir”, afirma o presidente da AGEDAM.
– Obrigatoriedade do selo de qualidade. “Entendemos que o futuro da água mineral é a qualidade. Quem não tiver essa característica não vai permanecer no mercado de jeito nenhum”, diz Neto.
– Incluir a água mineral na cesta básica, como já acontece nos estados de Santa Catarina e Paraná. “Segundo a Anvisa, até pouco tempo atrás a água era tratada como bebida e hoje é considerada alimento. Com essa ênfase, vamos brigar por essa inclusão”, assegura o empresário.
Fonte: New Trade